As pessoas nem sempre são o que dizem que são. São uma coisa à frente
de uns e outra coisa à frente de outros. Dizem uma coisa quando estão à
tua frente e outra quando estão por trás.
Porque é que isso acontece? Porque lhes foi retirada a verdade
interior, aquela força que vem de dentro, que nos obriga a sermos
verdadeiros connosco próprios, sermos verdadeiros para todos, por nós
próprios. Não quero dizer com isto que agora vais dizer a todas as
pessoas o que pensas. Podes, com essa atitude, ofender e magoá-las. Mas
uma coisa não podes fazer: nunca deverás dizer o que não sentes porque
essa é a base de toda a verdade interior. Ou dizes a verdade ou
calas-te. A mentira nunca.
Porque é que digo que lhes foi retirada a verdade interior? Porque,
em algumas vidas passadas, estas almas perderam o rigor para com elas
próprias. Durante muito tempo, acreditaram no mais fácil, no mais
confortável, mesmo que para isso tivessem de prescindir da sua
totalidade como pessoas. Ao descerem na encarnação actual, vêm
desprovidas de vida interior, precisamente da vida interior que
prescindiram em outros tempos. Desta vez deverá ser mais difícil, desta
vez terão de rejeitar a mentira, a falsidade, mesmo sem ter em
alternativa, a verdade interior.
Para as pessoas que têm verdade interior, é mais fácil rejeitar a
mentira, pois têm onde se agarrar. Mas para as pessoas cuja falsidade
reina nas suas vidas, é muito mais difícil escolher o bem, não há nada
lá dentro, não porque elas não queiram nada lá dentro, mas porque lhes
foi retirado.
Tenham pena dos hipócritas, dos falsos e dos mentirosos; a carga do
vazio interior é grande. Não têm o que escolher, não têm por que lutar. A
força para se encontrarem interiormente, para se conectarem com o céu é
imensa e na maior parte das vezes, inútil.
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