O primeiro ponto a ser observado é que o Deus cristão responde à oração. Neste caso, ele envia um anjo para responder às orações da comunidade cristã. Isto confere com o conhecimento hebraico tradicional de uma divindade real que envia anjos da corte dos céus para entregar suas mensagens ao seu povo.
Todas as passagens da Bíblia sobre o episódio "Pedro é preso e libertado por um anjo".
Atos dos Apóstolos 12
A prisão (cárcere) Marmetina, também conhecida como Tullianum, é a mais antiga de Roma. Era localizada no antigo Fórum Romano em Roma, na ladeira nordeste do Capitólio, de frente a Cúria e os fóruns imperiais de Nerva, Vespasiano e Augusto. Entre a prisão e o Tabularium (casa de registro – nosso atual tabelião) havia uma escada de fuga levando ao Arx do Capitólio conhecida como escadas gemonianas.
1 Nessa ocasião, o rei Herodes prendeu alguns que pertenciam à igreja, com a intenção de maltratá-los,
2 e mandou matar à espada Tiago, irmão de João.
3 Vendo que isso agradava aos judeus, prosseguiu, prendendo também Pedro durante a festa dos pães sem fermento.
4 Tendo-o prendido, lançou-o no cárcere, entregando-o para ser guardado por quatro escoltas de quatro soldados cada uma. Herodes pretendia submetê-lo a julgamento público depois da Páscoa.
5 Pedro, então, ficou detido na prisão, mas a igreja orava intensamente a Deus por ele.
6 Na noite anterior ao dia em que Herodes iria submetê-lo a julgamento, Pedro estava dormindo entre dois soldados, preso com duas algemas, e sentinelas montavam guarda à entrada do cárcere.
7 Repentinamente apareceu um anjo do Senhor, e uma luz brilhou na cela. Ele tocou no lado de Pedro e o acordou. "Depressa, levante-se!", disse ele. Então as algemas caíram dos punhos de Pedro.
8 O anjo lhe disse: "Vista-se e calce as sandálias". E Pedro assim fez. Disse-lhe ainda o anjo: "Ponha a capa e siga-me".
9 E, saindo, Pedro o seguiu, não sabendo que era real o que se fazia por meio do anjo; tudo lhe parecia uma visão.
10 Passaram a primeira e a segunda guarda, e chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. Este se abriu por si mesmo para eles, e passaram. Tendo saído, caminharam ao longo de uma rua e, de repente, o anjo o deixou.
Os anjos no sentido próprio surgiram inicialmente no Zoroastrismo, o primeiro monoteísmo verdadeiro.
De significado decisivo na visão dos últimos desenvolvimentos nas religiões irmãs do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, foi a doutrina de Zoroastro de uma luta contínua entre o bem e o mal- uma visão dualista do mundo- que incluía a guerra entre os anjos do bem e do mal.
Acredita-se que esta grande luta aconteceu no segundo dia da Criação. Deus criou todos os anjos com livre arbítrio para escolher entre o bem e o mal. Além disso, acredita-se que alguns foram fortalecidos com a Graça de seguir a Deus, enquanto a outra facção, igualmente forte, teve maior inclinação para ocupações menos nobres.
O Mont Saint Michel é uma vila francesa da Normandia (a 360km de Paris), localizada em um pequeno morro, onde foi construída uma abadia dedicada a São Miguel Arcanjo. (Diz a lenda que o próprio São Miguel Arcanjo solicitou ao Bispo de Avranches a construção de uma pequena igreja neste local, no ano 708. No topo da abadia, há uma estátua do São Miguel Arcanjo matando o dragão, que simboliza o Mal. Saint Michel é São Miguel em francês. Curiosamente, durante a Revolução Francesa, o Mont Saint-Michel perdeu o seu contexto religioso e se tornou uma prisão até 1863. Em 1979, foi declarado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco).
A beleza do local é inquestionável. Vemos por ali um encantador vilarejo medieval, todo murado, com a abadia bem no topo, completando o lindo visual.
O Monte São Miguel na costa da Normandia é o monumento eterno ao líder vitorioso das hostes celestiais na guerra contra o anjo rebelde.
Quando Lúcifer deixou o céu, foi dito que levasse consigo um terço dos habitantes do celestiais. Segundo Orígenes, havia também alguns "anjos duvidosos" que não estavam certos da posição a tomar, se deviam ficar do lado de Deus ou de Lúcifer.
Alguns creem que foi dessas criaturas hesitantes e irresolutas que se originaram os humanos. Na literatura, a história mais significativa sobre a Guerra no Céu pode ser encontrada na obra "O Paraíso Perdido de John Milton", em que um Satã arrogante coloca anjos rebeldes contra o fiel que defende o Monte de Deus no céu. Ao ser expulso do céu, Satã corrompe os primeiros humanos como revanche.
Os hebreus antigos não tinham postulado uma divindade malígna ou diabo, oposta a Jeová. No livro de Jó, por exemplo, Satanás é o membro da corte celestial cujo papel parece ser o de advogado de acusação, em vez de inimigo de Deus. Estes escritos extrabíblicos explicavam o mal em termos da revolta e/ou desobediência dos anjos de Deus.
Em uma dessas histórias, Satanás declarou-se igual a Deus e liderou uma rebelião de anjos contra a ordem celestial. Derrotado, ele e seus seguidores foram expulsos do céu, e subsequentemente continuaram a guerrear contra Deus, tentando arruinar a Terra, a criação de Deus.
Uma narrativa alternativa, bem menos conhecida e preservada no livro apócriFo de Enoch, é que um grupo de anjos desejou ardentemente possuir fêmeas mortais; depois de deixarem sua morada celestial, caíram ao ter relações sexuais com elas.
Além da noção de uma batalha espiritual contínua entre o bem e o mal, o Judaísmo também adotou a idéia de um juízo final e ressurreição dos mortos no final dos tempos- um tempo em que a justiça finalmente triunfaria. Este final feliz seria precedido por uma batalha final em que os anjos de Deus venceriam Satanás e seus anjos caídos de uma vez por todas.
Além da Bíblia hebraica, diversos textos importantes da literatura religiosa judaica desenvolveram ainda noções sobre anjos. O mais importante é o Talmude.Os rabinos talmúdicos simultaneamente reconheciam inovações pós-bíblica, como a divisão entre anjos de paz e anjos do mal.
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