Mesmo quando tudo parece desabar cabe a mim decidir,
entre rir ou chorar, entre ir ou ficar, entre desistir ou lutar.
Se o mar está revolto, posso ficar na praia ou sair para pescar e,
talvez, nunca mais voltar.
Tenho, nas minhas mãos, o bem e o mal
e entre eles poucos pensamentos
um diz para fazer sem culpa, o outro pensa,
reflete e pede para esperar.
Enquanto o mundo se perde em erros, posso me manter sereno,
sem medo porque tenho a chave da minha vida nas minhas mãos.
Então, hoje, sinto-me mais forte,
pois atravessei os desertos da alma.
Amei quem não me amou
e deixei de lado quem muito me amava.
Atravessei caminhos nem sempre floridos,
que deixaram marcas profundas em mim,
mas amei e fui amado.
Por isso, tenho nas minhas mãos bem mais que a vida.
Tenho a dúvida e a certeza, a esperança e o medo,
o desejo e a apatia, o trabalho e a preguiça
e me dou o direito de errar sem me cobrar
e acertar sem me gabar
porque descobri no caminho incerto da vida,
que o mais importante é o decidir.
E decidi de uma vez por todas ser simplesmente feliz.
E esse caminho não tem volta.
Paulo Roberto Gaefke
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