A LUZ É CONTAGIANTE


O que é REAL em vocês? É um Ser que é de tudo de bom e positivo, alegre e abundante, cheio de humor e amor divertido, com talentos criativos, paciente e bondoso, compassivo e misericordioso. Permitam que os seus Eu(s) REAIS venham, permitam que as suas Luzes maravilhosas brilhem, pois, isso é a razão do por que vocês estâo aqui.




sábado, 12 de novembro de 2011

O "Santo Nome de Jesus"


                       O "Santo Nome de Jesus" é uma oração completa!


              O livro “Relatos de um peregrino russo” é um clássico da espiritualidade cristã oriental. Foi escrito por um monge russo anônimo, no século XIX. O peregrino russo conta a história de um homem que queria aprender a rezar. Ele ouviu certa vez na Bíblia que deveríamos "orar sem cessar". Ele procurou muitos mestres, e nenhum o satisfez, até que encontrou um monge (um starets) que lhe ensinou a “oração de Jesus”, a repetição do nome de Jesus... O homem então começou a repetir o nome de JESUS até que a oração tomou conta de sua mente e de seu coração.

A Oração de Jesus consiste em sentar-se em silêncio, aquietar a mente e dirigir a atenção ao coração, procurando trazer a respiração ali, sentindo seu efeito. E, ao fazer isso, murmurar ou pensar nas palavras: "Senhor Jesus Cristo, tende piedade de mim”.
Como água em pedra dura, a repetição vai amolecendo o coração do peregrino, “aprofundando- se em sua carne”. Ele repete as palavras 3 mil, 6 mil,12 mil vezes ao dia. E passa por vários estados, do desconforto e preguiça iniciais às primeiras sensações de calor no peito, a purificação vinda pelas lágrimas, o sentimento de união com o mundo, a abertura para a paz, até atingir a experiência do amor divino.

Esse homem alcançou a oração contínua, aprendeu a "orar sem cessar". . Ele repetia o nome de Jesus o dia inteiro, e até durante o sono o nome de JESUS estava em seu coração.
O peregrino russo conta a história de como esse homem aprendeu a "orar sem cessar", por meio da oração de Jesus, que consiste na repetição do nome de Jesus.

Trechos do livro:

"Por graça de Deus sou homem e sou cristão;
pelas minhas ações sou um grande pecador.
Meus bens são: as costas, uma sacola com pão duro, a santa Bíblia no bolso e só...
Por estado, sou peregrino da mais baixa condição, andando sempre errante de um lugar a outro.
No vigésimo quarto domingo depois de Pentecostes, fui à igreja para ali fazer minhas orações durante a liturgia. Estava sendo lida a primeira Epístola de S. Paulo aos Tessalonicenses e, entre outras palavras, ouvi estas:
'Orai incessantemente' (1Ts 5,17).
Foi esse texto, mais que qualquer outro, que se inculcou em minha mente, e comecei a pensar como seria possível rezar incessantemente, já que um homem tem de se preocupar também com outras coisas a fim de ganhar a vida".

"É preciso lembrar-se de Deus em todo tempo, em todo lugar e em todas as coisas. Se fabricas alguma coisa, deves pensar no Criador de tudo o que existe; se vês a luz do dia, lembra-te Daquele que criou a luz para ti; se olhas o céu, a terra e o mar e tudo o que eles contêm, admira, glorifica Aquele que tudo criou; se te vestes com uma roupa, pensa Naquele de quem a recebeste e lhe agradece, a Ele que provê a tua existência.
Em resumo, que todo movimento seja para ti um motivo para celebrar o Senhor: assim rezarás sem cessar e tua alma estará sempre alegre".

"A oração interior incessante é um anseio contínuo do espírito humano por Deus. Para sermos bem-sucedidos nesse exercício consolador, precisamos suplicar com mais freqüência a Deus que nos ensine a rezar sem cessar. Rezar mais e rezar com mais fervor. É a própria oração que lhe revela como rezá-la sem cessar; mas leva algum tempo".

"Dá graças a Deus, irmão muito amado, por haver-te Ele revelado essa invencível atração que existe em ti até a oração interior contínua. Reconhece nisso o chamamento de Deus e tranquilíza-te pensando que assim ha sido devidamente provado o acordo de tua vontade com a palavra divina; te ha sido dado comprender que não é nem a sabedoria deste mundo nem um vão desejo de conhecimento o que conduz à luz celestial —a contínua oração interior—, senão ao contrario, a pobreza de espírito e a experiencia ativa na simplicidade do coração".

"Como se aprende a oração, veremos neste livro que se chama Filocalia. Nele está contida a ciencia completa e detalhada da oração interior contínua, exposta por vinte cinco Padres. É tão útil e perfeito, que se lhe considera como o guia essencial da vida contemplativa, e, como disse o bem-aventurado Nicéforo, 'conduz a salvação sem trabalho nem dor'".

"Abriu o starets a Filocalia, escolheu uma passagem de São Simeão o Novo Teólogo e começou: 'Permanece sentado no silencio e na solidão, inclina a cabeça e fecha os olhos; respira suavemente, mira pela imaginação o interior de teu coração, recolhe tua inteligencia, quer dizer teu pensamento, de tua cabeça ao teu coração. Diz, ao ritmo da respiração: “Senhor Jesus Cristo, tem piedade de mim”, em voz baixa, ou simplesmente em espírito. Esforça-te em lançar fora todos os demais pensamentos, sê paciente e repete com frequência este exercicio'".

"A oração de Jesus, interior e constante, é a invocação contínua e ininterrupta do nome de Jesus com os lábios, o coração, a inteligência, no sentimento da sua presença, em todo lugar, em todo tempo, até durante o sono. Ela é expressa por estas palavras: 'Senhor, Jesus Cristo, tende piedade de mim'".

"Ao cabo de certo tempo notei que a oração se originava sozinha dentro de meu coração, quer dizer que meu coração, batendo com toda regularidade, se punha em certo modo a recitar as palavras santas a cada batida; por exemplo:
1-Senhor, 2-Jesus, 3-Cristo, e assim com o demais. Deixava de mover os lábios e escutava com atenção o que dizia meu coração, lembrando-me de quão agradável é isto segundo me dizia meu falecido starets".

"Todo meu desejo estava fixo sobre uma só coisa: dizer a oração de Jesus e, desde que me consagrei a isto, estive tomado de alegria e de consolo. Era como se meus lábios e minha língua pronunciassem por si mesmas as palavras, sem esforço de minha parte".


"Então senti como um rápido calor em meu coração, e tal amor por Jesus Cristo em meu pensamento, que me imaginei, a mim mesmo, ajoelhando-me a seus pés – Ah se pudesse vê-lo! – abraçando-o, beijando com ternura seus pés e agradecendo-lhe com lagrimas haver me permitido, em sua graça e seu amor, encontrar em seu nome tão grande consolo – a mim sua criatura indigna e pecadora. Em seguida sobreveio em meu coração um calor agradável que se expandiu para todo meu peito".

“Quando rezava, no fundo do meu coração, tudo o que me cercava aparecia sob um aspecto maravilhoso: árvores, ervas, pássaros, terra, água, ar... tudo parecia dizer-me que existem para o homem, que através do Amor de Deus, tudo rezava, tudo cantava a glória do Senhor. Compreendia assim aquilo que a Filocalia chama de consciência, o conhecimento da linguagem da criação, e via como é possível conversar com as criaturas de Deus”.

"Algumas vezes meu coração resplandecia de alegria, parecia leve, pleno de liberdade e de consolo. As vezes eu sentia um amor ardente por Jesus Cristo e por todas as criaturas de Deus... As vezes, invocando o nome de Jesus, estava repleto de felicidade e, depois disto, conhecia o sentido destas palavras:

'O reino de Deus está dentro de vós”.

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